Resenha Crítica: Anna e o Beijo Francês

Às vezes fico imaginando como será viver na França. Tanto se fala que duvido alguém que não queira conhecer todos os inúmeros pontos turísticos de lá e tudo o mais que essa cultura super sofisticada oferece. Mas existe algo a mais que supera todas as curiosas culturas e aventuras relacionadas à França: o romantismo da cidade mais linda do mundo, Paris. Não que eu tenha muito o que comprovar em relação ao ar de romantismo que Paris oferece, nem muitos conhecidos que possam falar a respeito, mas dos poucos que de fato já foram pra França, pelo menos 2/3 afirmam que Paris tem tudo para fazer com que os coraçõezinhos de qualquer um bata mais forte. E nem é necessário um cupido.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a super simpática Anna, no livro Anna e o Beijo Francês, depois que ela foi forçada pelo pai a estudar na França. Sim, forçada, porque ela queria mesmo era ficar em Atlanta, perto dos amigos, do namoradinho e levando a vidinha com a qual já estava bem acostumada. Quem não gostaria de ir pra França, não é mesmo? Anna não queria, mas pensando bem, nas circunstâncias que ela estava indo, nem eu iria gostar, afinal, uma coisa é o desejo de ir para a França e desfrutar da beleza de lá, outra é você nem pensar em ir pra algum lugar e de repente descobrir que tudo já está planejado para que você largue mão de sua rotina e fique por lá sem conhecer ninguém, e sem entender uma vírgula do que é dito. O caso é que Anna estava uma fera com o pai, um grande escritor americano, e não estava nem um pouco feliz com sua nova casa que ficava em Paris, na Escola de Americanos onde ela foi matriculada. Só que começou a mudar de ideia assim que conheceu algumas pessoas, como a Meredith, a Rashimi, o Josh e o... ahhhhhhhh... Étienne St. Clair, um americano, que morou uma boa parte de sua vida na Inglaterra, e agora está residindo em Paris. De cara uma sintonia amigável impressionante rola entre eles. Uma amizade bem colorida, diga-se de passagem. Anna começa a se acostumar com a vida na França de uma forma tão sútil, que só percebe sua paixão por Paris, quando volta para casa no Natal e vê que suas concepções mudaram de rumo totalmente, principalmente depois de achar que foi traída por sua amiga Bridgett. De qualquer modo, pôde comprovar o quanto se apaixonou por sua nova vida, por Paris e por St. Clair.

O desenrolar de toda a história não vou contar, porque apesar de ser clichê e você imaginar o que vai acontecer, o livro provoca expectativa e é super gostoso de ler. Tem muita gente que espera criatividade demais nas estórias, ou um enredo mirabolante, algo de outro mundo, sobrenatural, que é um estilo de leitura sensacional, mas não desmerece aquelas simples, como Anna e o Beijo Francês, que é nada mais que o comum, e que embora tenha saído da mente da autora, é quase um retrato do cotidiano de muita gente. Apesar de cada um ter um estilo de preferência literária, não é necessariamente o fato de o livro ser espetacularmente surpreendente e criativo que faz com que ele seja melhor que o outro, mas o amor e dedicação com que escreve o autor, objetivando principalmente agradar o público, e não o lucro, sucesso e o status. Daí, sim, de acordo com o gosto do público, o livro tem grande valor. Stephanie Perkins ganhou um ponto comigo, a autora me agradou muito com essa estreia.

Minha Nota: 9,0

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